O topônimo dado a esta Praia é um daqueles que sofreu alteração significativa e deturpada ao longo do tempo.
Nada se justifica para o designativo de Praia da Galheta. Galheta é uma pequena jarra para líquidos especiais, e são usados na celebração da Missa e para temperos e que se incorpora ao galheteiro.
Já a palavra CALHETA, identifica uma forma, ou desenho, que toma a costa marítima, em uma entrada mais aguda e mas profunda, embora pequena, do mar, isto é, uma variante de saco. Aliás, esse é o desenho que toma a costa, onde está a praia localizada. Ademais, é uma tradição açoriana e, lembrem-se de que foram os açorianos, que colonizaram a Lagoa da Conceição, e portanto, lhe definira toda a toponímia.
Lá, no Arquipélago dos Açores, existem três praias e comunidades, denominadas de Calheta, e nenhuma de galheta.
É por esta razão, que José Arthur Boiteux, em seu Dicionário Histórico e Geográfico de Santa Catarina, determina para a Ponta e para a Praia, a grafia Calheta, e não galheta, como o popular passou a adotar, talvez por erro de interpretação, em meados do Século passado.
Tendo por suporte a conceituação retro exposta, é que propomos se retome a grafia primitiva, colocando nos futuros mapas e diplomas legais que venham oficializar a toponímia das praias florianopolitanas, a denominação CALHETA .
Ficha Técnica:
Total de Canoas: 2 canoas (uma de 3 remos ”Yule” com 130 anos, uma de 4 remos ”Pérola” de 90 anos)
Total de Redes: 2 uma de 450 braças, e uma de 300 braças
Total de Pescadores: 19
Total de Vigias: 2 (1 de pedra ” Silvio” e 1 de praia “Luiz”)
Total de Patrões: 1 (Ailton).
Dono das Embarcações: Ailton
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